Pré Casamento | Fernanda & Gabriel

Recebi uma mensagem da Fê, assim: "Gui, seremos péssimos modelos (e aquele emoji, que ri de nervoso)".

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99,9% dos casais que fotografam conosco não são modelos, ainda bem. Já pensou, eu ter que fotografar pessoas que já saberiam o que fazer, quando a grande graça da forma que eu fotografo é justamente o contrário, a incerteza do que vem por aí?

Esse ano foi assim também, incerto. Aliás, eu poderia pegar 2021 e dividi-lo em duas partes:

Seis meses iniciais: medo com esperança.

Seis meses finais: fotografar/filtrar/postar/tomar café/fotografar/filtrar/postar/tomar café/fotografar/filtrar/postar/tomar café.

Não sou tão especial assim a ponto de achar que tudo isso aconteceu somente comigo. Logo, procurei cada vez mais me cercar de pessoas que também gostam de ir se adaptando conforme a vida vai propondo. Sem frescura. Preto no branco.

Assim como eu, que carrego marcas que o ano deixou, vejo nessas pessoas uma certa proposta de vida, que diz algo parecido com: quem não tem medo de viver, tem mais histórias para contar. Vale lembrar, que nada tem a ver com os lugares certos para acontecer, sendo que, faço questão de erguer cada vez mais a bandeira que diz para não duvidar dos cenários, mas sim, acreditar nos personagens. A Fernanda e o Gabriel também me ajudam a erguê-la.

Ou seja, se for em Noronha, na bancada da cozinha, secos ou molhados, não importa. Nas incertezas que as certeza nasce e ando aprendendo também, que quando isso acontece, dá vontade até de tatuar e casar com ela.